Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga

A Estação Arqueológica cobre duas cumeadas aplanadas, de área desigual e de altimetria diversa, implantadas entre o rio Vouga a norte e o rio Marnel a sul. A sua excelente posição geográfica levou a que, pelo menos, desde a Idade do Bronze aí se tenham estabelecido populações, mantendo-se o local ocupado até à Idade Média. Será contudo, durante a Idade do Ferro e a época romana que mais expressiva se tornou a ocupação do sítio, tanto no cabeço aplanado designado por Cabeço Redondo, como no que lhe fica fronteiro, a sul, designado Cabeço da Mina. Em ambos os sítios foram levadas a cabo acções arqueológicas, a partir dos anos 40, embora sejam os dados existentes no sítio da Mina, aqueles que melhor se tornariam conhecidos, na sequência das escavações de Rocha Madahil em 1941. Os trabalhos realizados por aquele investigador estiveram inclusive na origem da classificação do Cabeço do Vouga como Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 36383 de 28/6/1947), dada a monumentalidade das ruínas postas então a descoberto e que foram “documentadas” em planta (cf. planta de Rocha Madahil, abaixo). Posteriormente, nos anos 60, novos trabalhos terão lugar no sítio da Mina, embora sem continuidade e dos quais não se conhecem os resultados obtidos. Só nos finais dos anos 90 serão retomados os estudos arqueológicos, agora de forma sistemática, com vista ao conhecimento do povoamento do sítio, em particular, e do Cabeço do Vouga em geral, dada a ocupação se estender por ambos os cumes. Tais acções iniciaram-se no ano de 1996, no sítio da Mina, devido à existência de vestígios arquitectónicos imponentes, a necessitarem de estudo e da implementação de acções de conservação e restauro. O sítio da Mina constitui a plataforma inferior do Cabeço do Vouga, à altitude de cerca de 63 metros a. n. m. m., de planta subcircular e ocupando uma área de cerca de 2 hectares. Nesta plataforma, as escavações realizadas nos últimos anos, permitiram um melhor conhecimento do sítio e uma reavaliação dos dados até então conhecidos. Deste modo, confirma-se a existência de duas grandes ocupações no sítio da Mina: a Idade do Ferro e o Romano, a par de outras mais vestigiais – a Idade do Bronze e o medieval. Fonte: www.cm-agueda.pt

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