Estação de Arte Rupestre da Fechadura

Estamos perante um arqueossítio cronologicamente balizado entre o Calcolítico e a Idade do Ferro, numa comprovação da carga simbólica do local, ao mesmo tempo que da sua pertinência cultual para as sucessivas comunidades humanas sediadas nas imediações ao longo de um tão alargado espaço temporal, certamente em razão das potencialidades cinegéticas que o território carrearia à sua sobrevivência. Constituída por uma rocha de xisto, cujo painel vertical foi aproveitado para gravar alguns motivos mediante os métodos de picotagem e incisão, os quais, a par da abrasão e da raspagem, constituem, ademais, duas das técnicas de gravação identificadas em todo o referencial vale do Côa (COIXÃO, A. do N. S. C., 2000, pp. 31-34), o sítio torna-se particularmente interessante pelo eclectismo das representações. Obtida na superfície de um dos poucos materiais pétreos que suportam este tipo de gravação - o xisto -, através de percussão directa (ou indirecta), de modo a obter linhas que permitam perfazer contornos dos vários elementos representados, ao mesmo tempo que preencher o seu interior mediante a realização de manchas, a picotagem possibilitou, neste caso, gravar, de par com a incisão, uma acentuada diversidade de elementos. Assim, para além de motivos geométricos (quadrangulares e rectangulares), figuram-se setas e pontas de seta; vulvas e signos de Salomão, juntamente a elementos escudiformes, a um pentagrama e a carateres pré-alfabetiformes e latinos, sem esquecer os caraterísticos ponteados, distribuídos numa área de aproximadamente seis metros quadrados. "O concelho da Sertã na transição entre a Pré-História e a Proto- História", Estudos Pré-Históricos" 1997 BATATA, Carlos António Moutoso Coordenadas GPS: N 39º 50'53.00" W 7º 58'26.45" Fonte: www.turismo.cm-serta.pt

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