Palácio de Alqueidão e Capela

Moradia de alguns dos mais influentes políticos regionais dos séculos XVII e XVIII e também de Dona Maria Benedita de Souza Queiroz Pizarro, querida e venerada Baronesa de Almeidinha, o Palácio de Alqueidão é um dos principais pontos de atracção da cidade de Ílhavo. Em 2001, a Câmara Municipal de Ílhavo recuperou este importante monumento, transformando-o na actual Biblioteca Municipal. O antigo Solar Visconde de Almeida, pela sua escala e qualidade arquitectónica e também pela anterior utilização pública da Capela constitui um forte marco urbano na memória colectiva tradicional de Ílhavo, justificando plenamente a sua reabilitação para novos usos públicos. O Solar de Alqueidão também conhecido por solar dos Ribeiros, Solar de N.ª Sr.ª das Neves ou Palácio dos Rebochos, foi mandado construir em finais do século XVII, por Domingos André Ribeiro e sua esposa D. Maria Rita Sousa Pissaro, altura em que se deve ter concluído a Capela do Palácio. Mais tarde foi ainda construído a poente da capela, um edifício encimado por uma bela balaustrada e coberto a azulejo que servia de cocheira onde eram guardados os carros de cavalos dos nobres senhores residentes no palácio. O Palácio, edifício de dois andares, sendo o superior enriquecido com seis sacadas de lintel e cornija, e no primeiro a existência de um hall de entrada portador de belos painéis de azulejaria de cariz romântico, serviu de habitação a algumas das famílias mais influentes desta região pelos séculos de XVII a XIX. Destacamos João de Sousa Ribeiro e Silveira, capitão mor de Ílhavo, que à sua conta mandou abrir uma barra na Vagueira, ligando a laguna ao oceano fazendo sair a água que inundava os campos ribeirinhos. Um outro morador foi o capitão João de Sousa Pissaro, liberal que acabaria por morrer no combate da Cruz de Morouços em 1828. Foi ainda habitante deste palácio a Senhora Baronesa de Almeidinha, nobre senhora amada por muitas gerações de ilhavenses pela sua abnegação e generosidade. Nascida a 21 de Outubro de 1794 e segundo o ilustre historiador ilhavense Dinis Gomes na sua obra “Costumes e Gentes de Ílhavo”, “A Senhora D. Maria Benedita de Sousa Queiroz Bizarro, baronesa de Almeidinha, fidalga de porte senhorio e distinto (era) possuidora de uma bondade extrema assinalada por valiosos e constantes actos de caridade e benemerência que lhe haviam granjeado a maior estima e veneração de gente humilde e pobre que lhe rodeava o solar. A assinalada bondade daquela senhora mais se acentuou quando em certa época uma grave doença infecciosa se propagou em Alqueidão, diariamente, a senhora baronesa percorria tubúrios mais afectados pelo terrível mal, distribuindo carinhos, agasalhos, remédios e alimentos, desprezando, com santa abnegação, o grave perigo que corria." Fonte: www.cm-ilhavo.pt

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