Vila de Rei

Vila de Rei é uma vila portuguesa do distrito de Castelo Branco, com cerca de 3.279 habitantes, segundo os censos de 2021. Sede do município, tem 191,55 km² de área, sendo limitado pela Sertã, por Mação, pelo Sardoal, por Abrantes e por Ferreira do Zêzere.

O município é atravessado pela Estrada Nacional N2, a maior estrada de Portugal, e desfruta também das águas do rio Zêzere a partir da Albufeira de Castelo de Bode, para captação de água e atividades balneares.

A cerca de 2 km encontra-se o Centro Geodésico de Portugal Continental, na Serra da Melriça. No alto desta serra, encontra-se construído um marco com cerca de 20 metros de altura, denominado de "Picoto", que marca o Centro a nível de coordenadas geodésicas.

Em tempos recuados, e de acordo com os vestígios arqueológicos mais antigos que existem na área do concelho, terão sido os celtas e depois os romanos, os seus primeiros habitantes. Trata-se contudo de uma zona de geologia muito antiga, onde é possível encontrar com alguma frequência fósseis e outros vestígios pré-históricos, que mostram que é provável que povos muito mais antigos se tenham estabelecido na região. No entanto, foi no século XIV que, com as Ordens dos Templários e de Cristo, se começou a observar o crecimento do concelho, com maior povoamento, desenvolvimento e defesa deste território.

No início do século XIX, as terras de Vila de Rei sofreram o impacto devastador das invasões francesas. Em 1950, com a construção da barragem do Castelo de Bode, oito povoações do concelho ficaram submersas.

Uma das maiores belezas naturais de Vila de Rei é o famoso Penedo Furado, um local arborizado dotado de um conjunto de pequenas quedas de água e dois miradouros, munido de variadas infra-estruturas que o complementam.

No centro histórico da vila vale a pena conhecer a Igreja Paroquial e as Capelas da Misericórdia, da Senhora da Guia e de Nossa Senhora do Pranto e a Casa do Capitão Mor, construção nobre do século XVII, utilizada como quartel general durante a época das invasões francesas, e hoje adaptada a uma unidade de turismo rural.

No âmbito turístco, destacam-se também o Castro de São Miguel de Amêndoa na Serra da Ladeira, a cerca de 493 metros de altitude e habitado na Idade do Ferro, as fantásticas Quedas de Água de Poios ou a próxima aldeia de Xisto de Água Formosa, situada na margem da ribeira da Galega.

Da gastronomia destaca-se a afamada sopa de peixe ou os pratos de bacalhau, que podem ser à moda de Vila de Rei ou à Cobra. Os peixes são os de rio como a achigã, considerada a "truta do sul", o barbo, a boga ou a carpa, que podem ser fritos ou grelhados. Dependendo da altura do ano, poderá também degustar o sável e a lampreia. Regue a sua refeição com um vinho da Beira Interior. Para sobremesa, não esquecer os bolos fintos, o arroz doce de Vila de Rei, as tigeladas ou as broas de mel. Para os amantes de queijo, há amarelos, picantes e outras variedades, todas produzidas nas Beiras.

Fonte: Câmara Municipal de Vila de Rei

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